
A segunda sessão do julgamento do processo por difamação de Jorge Nuno Pinto da Costa contra Frederico Varandas estava agendada para o início da tarde de ontem no Tribunal do Bolhão, no Porto, mas voltou a ser adiada. Cláudia Campo, viúva do dirigente portista, irá dar seguimento, a pedido do ex-companheiro.
Cláudia Campo decidiu constituir-se assistente no processo, direito que a lei lhe confere enquanto herdeira. O presidente do Sporting está a ser julgado por ofender a honra de Pinto da Costa, após ter afirmado em 2020 que o então líder dos dragões seria recordado como “um bandido”.
“Pode ter um grande sentido de humor, ser culturalmente acima da média, ter um currículo cheio de vitórias, mas um bandido será sempre um bandido. No final será recordado como um bandido”, disse Varandas na altura. Na sequência destas declarações, Pinto da Costa avançou com uma queixa-crime por difamação, processo que agora será levado adiante pela viúva.
O julgamento teve início a 11 de fevereiro, apenas quatro dias antes do falecimento de Pinto da Costa. Na primeira sessão, Frederico Varandas optou por permanecer em silêncio, afirmando apenas: “Respeito o trabalho da Justiça, mas não tenho nada a dizer”.
Na altura das declarações, o líder leonino foi condenado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol com uma suspensão de 45 dias e uma multa de 7.650 euros. O caso promete continuar a gerar polémica entre os dois clubes. A entrada de Cláudia Campo no processo reforça a intenção da família de Pinto da Costa em levar a acusação até ao fim.