
André Villas-Boas, presidente do FC Porto, em declarações aos jornalistas, reagiu esta quarta-feira ao ataque de adeptos do Sporting a um carro de elementos pertencentes aos Super Dragões, na terça-feira, após o encontro de hóquei em patins realizado no pavilhão João Rocha e que ditou o apuramento do FC Porto para a final do campeonato nacional de hóquei em patins.
Villas-Boas afirmou que não conversou com Frederico Varandas, presidente do Sporting. “Conversa com Varandas? Não, o presidente Varandas não entrou em contacto comigo. Registei o comunicado do Sporting e as suas declarações hoje. Recordo que há uns anos, o Dr. Domingos Gomes, num ataque que o FC Porto sofreu também por adeptos do Sporting, salvou dois adeptos do Sporting da morte, de imediato prestando assistência aos mesmos. São situações graves, devem ser condenadas, o Sporting fê-lo… Em outubro do ano passado solicitámos uma reunião com o Governo, onde os três grandes e o Braga marcaram presença, no sentido de melhorar, não só o policiamento, mas também a prontidão com que se atua sobre estes casos de violência no Desporto. A reunião contou com a presença do Rodrigo Cavaleiro, da APCDV, e temos um combate longo pela frente. Tivemos episódios de violência no desporto este ano, não só contra árbitros, pessoas, adeptos, famílias e é algo que temos de combater. Não é só com palavras, será com atos. Não dirijo a instituição Sporting. Seguramente que o presidente do Sporting tentará atuar contra os culpados com as suas devidas ações e diligências também”, disse.
“União dos três grandes para encontrar uma solução? Neste contexto da violência no desporto, cabe-nos estar alinhados e tínhamos esse alinhamento, fruto da minha chegada à dirigência do FC Porto e a todas as iniciativas que a partir daí surgiram, nomeadamente esta, relacionada com a violência no desporto e o policiamento para a evitar. Este é um ataque na via pública, com imagens muito fortes e violentas. Espero que não seja feita vista grossa por alguns órgãos de comunicação social. Tivemos episódios de violência no desporto, não só este ano, mas também anteriormente, condenadas de outras formas por alguns meios de comunicação social e custa-me ver que os órgãos de comunicação social mais relacionados com o FC Porto e da zona Norte tenham dedicado as devidas capas e dado o devido destaque, numa escolha editorial forte, relativamente aos crimes que são cometidos. Isto também é um passo de todos. Têm de se abraçar os três grandes, todos os outros clubes de todas as ligas, mas também todos os órgãos de comunicação social, no sentido de repudiar e condenar estes atos no sentido de abolirmos estes tipo de situações como a que se passou ontem”, acrescentou, concluindo de seguida:
“É um ato cometido na via pública, uma tentativa de homicídio evidente. Penso que o caso agora está bem entregue às entidades judiciais para encontrarem a melhor forma de culparem os suspeitos. O FC Porto, na continuação de ir às últimas consequências, é também apoiar as vítimas dignamente, os seus familiares e também o apoio psicológico necessário para um caso como este. Sabemos que todos os adeptos já estão de regresso ao Porto, que foi dada alta hoje ao último adepto que estava no hospital e, a partir do nosso regresso à Invicta, tratamentos de suportar e apoiar da melhor forma possível estes adeptos.”