
Ian Rush, antigo internacional galês que brilhou no ataque do Liverpool durante largas temporadas, nas décadas de 80 e 90, deixou um sentida mensagem nas redes sociais a propósito da morte de Diogo Jota e André Silva. E revelou que não marcou presença no funeral devido à morte do irmão.
“No Liverpool, sempre nos considerámos uma grande família. Agora que um membro da nossa família partiu, temos de nos unir e ajudar-nos uns aos outros. Os últimos dias demonstraram-no. Fui convidado e tencionava estar presente no funeral do Diogo, mas o meu irmão Gerald faleceu na semana passada e eu estava a meio do funeral do Gerald quando a notícia sobre o Diogo foi divulgada. Tem sido uma altura incrivelmente difícil e não pude ir”, pode ler-se.
“A mulher do Diogo, a Rute, os seus três filhos maravilhosos, os seus pais e a família alargada estão a sofrer uma perda inimaginável. Este acidente de partir o coração vitimou tanto o Diogo como o seu irmão, André Silva. Estamos de luto por ambos. O Diogo era um grande jogador, provavelmente o melhor finalizador do clube. Dava sempre 100 por cento. Fazia a diferença quer fosse titular ou suplente. Nunca dominava as manchetes e o mesmo acontecia fora do campo. Era uma pessoa muito terra a terra. Um verdadeiro cavalheiro. Sentiremos muito a sua falta, tanto pela pessoa especial que era como pelo que fez no campo pelo Liverpool e por Portugal. Isto é especialmente difícil para os jogadores do Liverpool, que em breve estarão de volta aos treinos de pré-época. Espera-se que continuem a trabalhar, mas, no fim de contas, são apenas seres humanos que sentem as mesmas emoções que todos nós”, continuou.
Ian Rush defende que “alguns jogadores serão mais afetados do que outros”. “Penso que, neste momento, tem sido difícil para todos aceitarem o que aconteceu. Tentamos continuar normalmente, mas isso é impossível. É tão estranho e, para alguns, haverá uma reação tardia, porque a enormidade do que aconteceu ainda não se fez sentir. Acredito que quando alguém morre, só algumas semanas depois é que nos apercebemos da dimensão total da terrível perda. Sabemos que temos de continuar com a vida, mas é difícil. O Diogo nunca será esquecido porque abraçou tudo o que o Liverpool tem para oferecer. O nosso rapaz de Portugal. Para sempre”, completou Rush, autor de 346 golos em 660 jogos pelos “reds”